Principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma atinge, só no Brasil, cerca de um milhão de pessoas acima dos 40 anos.
O problema se dá por um conjunto de diversas doenças, que envolve diretamente a pressão intraocular e pode ter melhor prognóstico, se descoberto precocemente. Para os pacientes que já se encontram em idade de risco, ou com hipertensão ocular, uma nova técnica que chegou ao País já apresenta melhores resultados, devido à sua eficácia, menor desconforto no pós-operatório e mais segurança: o implante ocular ou iStent.
Como a única forma de controle da doença reconhecida na literatura médica é a redução da pressão ocular – que, na maioria dos casos, é resolvida com o uso de colírios, o iStent chega como uma inovação tecnológica e mais uma alternativa para a população. “O dispositivo é o menor implante utilizado atualmente no corpo humano”, afirma o especialista em glaucoma, Dr. Vespasiano Rebouças, da Clínica André Príncipe, e responsável pela primeira cirurgia com essa tecnologia do Norte-Nordeste, realizada em Salvador, no ano passado.
Ainda segundo o Dr. Vespasiano Rebouças, o aparelho foi inspirado nos stents cardiológicos e ajuda na drenagem do líquido que circula dentro do olho, chamado ‘humor aquoso’, que, quando não é escoado, causa aumento da pressão ocular.
A cirurgia é minimamente invasiva – tendência atual da Medicina moderna. “São incisões pequenas e sem pontos. O tempo de cirurgia é muito menor do que a convencional, com menos manipulação do olho e, consequentemente, menos inflamação”, afirma.
Prevenção
O implante abre nova perspectiva para tratamento cirúrgico de glaucoma, indicada para os casos leves e moderados, embora nos casos avançados a cirurgia convencional ainda seja a mais indicada.
A recomendação do oftalmologista é frequentar regularmente um especialista da área para evitar a evolução da doença. “Quanto antes o problema for detectado, mais eficiente será o tratamento e os resultados”, conclui Dr. Vespasiano.
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