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Saiba quando e por que levar a criança ao oftalmopediatra

Oftalmopediatria

Cuidar da saúde ocular é importante em todas as fases da vida. Entretanto, na infância, a consulta oftalmológica tornar-se uma medida preventiva contra possíveis problemas, que acometem as crianças tanto a curto quanto a longo prazo.

Atentar-se desde cedo à saúde dos olhos dos pequenos evita dificuldades na alfabetização e no convívio social deles com os demais da sua idade. Afinal, o desenvolvimento cerebral da criança depende, em boa parte, das informações enviadas ao cérebro pela estrutura ocular. Por isso, quando surgem alterações que afetam a visão, as crianças podem apresentar déficit de atenção e lentidão na aprendizagem.  

Na oftalmologia, existe uma especialidade médica voltada justamente para os cuidados com os olhos dos pequenos: a oftalmopediatria. Você sabe quais são as diferenças de um oftalmopediatra para um oftalmologista geral? E o que esse profissional agrega à saúde ocular do seu filho? Continue acompanhando este artigo para entender mais sobre a atuação do oftalmologista infantil.  

 

O DIFERENCIAL DO OFTALMOLOGISTA INFANTIL

O oftalmopediatra é, antes de tudo, um oftalmologista com conhecimento geral de problemas oculares, que se subespecializou em problemas oftalmológicos frequentes em crianças e de adolescentes. Esse profissional tem como principal objetivo ajudar na prevenção de doenças que afetam os olhos na infância. Também realiza o acompanhamento oftalmológico, caso haja a identificação de algum problema. 

Os olhos das crianças são diferentes e mais sensíveis do que os dos adultos. Isso ocorre porque, ainda que sua formação tenha início na vida intrauterina, as estruturas oculares continuam a se desenvolver durante a infância, num ciclo que só se completa por volta dos sete anos de idade. 

É por essa razão que, mesmo na ausência de queixas, é importante que a criança seja avaliada por um oftalmologista especializado na área. Ele saberá fazer uma avaliação mais precisa do desenvolvimento da visão, além do diagnóstico de eventuais irregularidades no processo de formação do globo ocular. 

Contudo, o principal diferencial do oftalmologista infantil é a forma de realizar os exames clínicos. Diferente do que acontece com os adultos, existe a necessidade de uma consulta mais dinâmica e interativa com a criança, de modo a estabelecer a confiança entre o paciente e o médico. Brincadeiras e explicações divertidas sobre o procedimento a ser feito podem ser recursos escolhidos pelo oftalmopediatra para conseguir executar o exame completo, com a colaboração da criança. Essa conduta é essencial para evitar uma possível resistência da criança em ir ao oftalmologista e, consequentemente, realizar o tratamento adequado. 

 

QUANDO SE DEVE LEVAR A CRIANÇA A UM OFTALMOPEDIATRA?

Muitos pais pensam que o ideal é esperar até a fase escolar para levar os filhos ao oftalmopediatra. Porém, isso não é o mais aconselhável. Acontece que esse acompanhamento médico deve ser feito desde os primeiros meses de vida. Afinal, nesse período, o oftalmologista infantil busca detectar problemas oculares decorrentes de má formação. O indicado é que crianças de até dois anos façam consultas oftalmológicas ao menos duas vezes por ano e, caso haja um histórico familiar de doenças, a frequência dessa visita pode aumentar conforme recomendação médica. 

Além disso, como citado anteriormente, o desenvolvimento visual acontece ainda na infância. Entre três e cinco anos, esse processo ocorre com maior intensidade. Por isso, nessa fase, é importante que os pais levem seus filhos ao oftalmopediatra, para saber se esse desenvolvimento ocular está sendo saudável ou se apresenta alguma anormalidade. Dessa forma, o oftalmologista infantil pode começar a trabalhar desde cedo nas medidas preventivas, a fim de evitar sequelas a longo prazo que prejudiquem a qualidade de vida da criança. 

Além dessas visitas regulares, com frequência anual para maiores de dois anos, há uma necessidade dos próprios pais e, eventualmente, dos professores ficarem atentos a quaisquer sinais de desconforto ocular nos pequenos. Seja uma dificuldade para enxergar o quadro ou o costume de se aproximar muito da televisão para assistir um desenho, esses hábitos, quando repetitivos, indicam possíveis problemas na visão das crianças.

Essa atenção precisa ser redobrada em crianças que ainda não desenvolveram a fala, pois elas têm limitações naturais para expressar desconfortos. Vale ressaltar que independente dos pequenos apresentarem ou não algum problema de visão, o acompanhamento oftalmológico é altamente recomendado, principalmente nos primeiros anos de vida do bebê.

 

FATORES DE RISCO PARA PROBLEMAS DE VISÃO EM CRIANÇAS

A infância é um momento de descoberta, e a visão é, sem dúvida, um instrumento poderoso para que os pequenos possam desbravar o mundo. Nesse período de aventura, é bastante comum eles não compreenderem os riscos presentes no ambiente à sua volta. Um produto de limpeza, por exemplo, que pode causar sérios problemas caso atinja os olhos, para eles, é um novo material a ser explorado. Por essa razão, nada substitui a supervisão constante de um adulto, mas sabemos que, ainda assim, acidentes podem acontecer. Outro fato é que, durante brincadeiras, podem ocorrer colisões, como a famosa “bolada no olho”, que podem gerar problemas oculares. 

Desse modo, seja o acidente doméstico de alta ou baixa gravidade, quando os olhos são atingidos o ideal é recorrer ao oftalmopediatra para avaliar quaisquer alterações visuais ocasionadas por esse trauma — uma das consequências pode ser o descolamento de retina, por exemplo. O adiamento da consulta com o oftalmologista pode agravar problemas desse tipo e deixar sequelas.

Como você já deve ter percebido, muitos fatores de risco à visão das crianças estão relacionados ao ambiente e aos traumas, o que se deve à fase de brincadeiras e descobertas, além da falta de percepção delas quanto aos perigos de acidentes. Confira alguns deles:

  • Traumas e pancadas na região dos olhos.
  • Respingos de produtos químicos (produtos de limpeza, maquiagem, cosméticos etc).
  • Unhas da criança grandes, que podem causar ferimentos no olhos. 
  • Hábito de coçar os olhos com frequência (inclusive pode ser um sinal de problema ocular).
  • Facilidade de acessar ou esbarrar em objetos pontiagudos, como quinas de móveis.    
  • Unhas de cães e gatos, ou bicos de aves (no caso de animais domésticos).    

Além disso, muitos problemas oculares em crianças são decorrentes do fator genético. Há uma série de doenças que são hereditárias, dentre elas o estrabismo, o ceratacone, a catarata congênita, o glaucoma e o daltonismo. Por isso, pais que já apresentam problemas na visão devem levar seus filhos ao oftalmologista regularmente. O acompanhamento pré-natal também é indispensável.

 

SINAIS DE PROBLEMAS DE VISÃO EM CRIANÇAS

Como já mencionamos, as crianças às vezes não conseguem explicar aos pais as dificuldades e incômodos que estão tendo na visão. Outras simplesmente escondem os sintomas, por medo de serem levadas ao médico, e com isso dificultam o tratamento precoce. Por isso, analisar o comportamento do seu filho é ideal para identificar se há algum comprometimento na saúde ocular dele. Conheça os principais sinais!

  • “Olho torto”, conhecido também como estrabismo ou olho vesgo. Apesar de ser comum o bebê apresentar um leve estrabismo nas primeiras semanas de vida, caso essa condição permaneça, procure um oftalmologista;
  • Reclamações frequentes de dor de cabeça ou mal-estar após realizar alguma atividade que exija esforço visual;
  • Coceira frequente nos olhos;
  • Perda de interesse em atividades que demandam bastante da capacidade de enxergar, como leitura, desenho ou escrita;
  • Dificuldade de aprendizado e déficit de atenção.
  • Hábito de franzir a testa ao olhar para longe;
  • Necessidade de aproximar os olhos da televisão e dos livros;
  • Dificuldade para identificar objetos distantes;
  • A pupila da criança aparece branca em fotografias tiradas com flash (pode ser um sinal de retinoblastoma).

Outro fator que também exige atenção dos pais é o lacrimejamento excessivo. Essa condição pode indicar um quadro de obstrução do canal lacrimal e até mesmo a presença do glaucoma congênito. Desse modo, ao identificar quaisquer um desses sintomas no seu filho, recorra ao oftalmologista, a fim de realizar a avaliação adequada. 

 

BEBÊS PRECISAM IR AO OFTALMOLOGISTA?

Ao longo do texto, ficou clara a importância de levar os recém-nascidos ao oftalmopediatra. Afinal, esse é o momento em que o oftalmologista infantil irá identificar se há alterações na visão da criança ou alguma doença causada por infecções transmitidas da mãe para o filho durante o parto.

Em casos de bebês prematuros então, tornar-se praticamente obrigatória a avaliação oftalmológica, em especial naqueles que precisam passar um período na incubadora. Isso porque os recém-nascidos encaminhados às unidades de tratamentos intensivo após o nascimento têm maior risco de desenvolver doenças oculares, como a retinopatia de prematuridade.

Esse distúrbio ocular é a principal causa de cegueira infantil na América Latina.  Embora haja formas de preveni-lo, caso o bebê não seja diagnosticado precocemente e receba o tratamento adequado, o distúrbio pode comprometer parcialmente ou por completo a visão dos pequenos.    

A importância do teste do olhinho

Por todas as razões já apresentadas até aqui, o teste do olhinho, também chamado de teste do reflexo vermelho (TRV), é o primeiro exame clínico de visão feito no bebê após o nascimento. Esse teste deve ser repetido ao longo dos primeiros anos de vida da criança, com o propósito de averiguar quaisquer mudanças na estrutura ocular. Como há maior chance de recém-nascidos prematuros desenvolverem problemas na visão, o oftalmopediatra poderá aumentar a frequência das reavaliações para esses bebês.  

De forma rápida e indolor, o oftalmopediatra usa um pequeno aparelho que projeta luz nos olhos do recém-nascido. As cores refletidas indicam se as estruturas do olho estão saudáveis ou não. Além da retinopatia da prematuridade, o teste do olhinho também é capaz de apontar outras alterações na visão, como:

  • Ambliopia: também conhecida como olho preguiçoso, é uma disfunção caracterizada pela diminuição da acuidade visual mesmo após o uso de óculos.
  • Retinoblastoma: câncer ocular que se desenvolve na retina da criança, podendo ser hereditário ou não hereditário.
  • Catarata congênita: má-formação do cristalino ocorrida durante a gestação. Por isso o bebê já nasce com o problema. 
  • Glaucoma congênito: doença rara que atinge desde recém-nascidos até crianças com 3 anos de idade.
  • Infecções ou traumas de parto.

O teste do olhinho, então, é fundamental para identificar precocemente essas alterações, de modo a possibilitar o tratamento ideal em tempo hábil e garantir o desenvolvimento saudável da visão das crianças. 

Em geral, para evitar o surgimento e complicações de problemas oculares infantis, a melhor medida a ser adotada é a visita regular ao oftalmopediatra. Como visto, além de proporcionar um tratamento adequado, esse profissional sabe como lidar com as crianças, a fim de realizar os exames da forma mais efetiva possível. Esse é um passo importante para assegurar a saúde ocular do seu pequeno e, consequentemente, o bem-estar dele. Além de incentivá-lo desde novo, a cuidar bem dos olhos.

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