Vermelhidão nos olhos, secreção purulenta ou aquosa, inchaço nas pálpebras e sensação de areia nos olhos. Esses são os principais sintomas da conjuntivite, a inflamação da conjuntiva — membrana transparente que reveste parte do globo ocular e o interior das pálpebras.
Tipos de conjuntivite
Há diferentes formas de manifestar essa doença: infecciosa, alérgica e tóxica.
Infecciosa
Quando infecciosa, a conjuntivite é altamente contagiosa, justamente pelo fato de a transmissão acontecer através do contato com as secreções dos olhos do infectado. Uma forma de passar essa inflamação é através do contágio direto, como a pessoa contaminada coçando o olho infectado e, em seguida, apertando a mão de alguém saudável. Ao levar a mão suja aos olhos, a pessoa começará a fase de infecção.
Acontece que o contágio direto não é o único meio de transmitir essa doença. A transmissão também pode acontecer de modo indireto, como, por exemplo, tocar em uma maçaneta que contenha o agente infeccioso ou por uma toalha também contagiada. Nessa forma de contágio, o verão ajuda a aumentar a incidência de propagação da inflamação e, em consequência, possíveis surtos de conjuntivite.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia já salientou que os surtos dessa doença podem acontecer em qualquer época do ano. Contudo, é preciso ter um cuidado maior em estações mais quentes, como o verão. Isso porque o calor e o tempo seco aumentam o tempo de sobrevivência dos agentes infecciosos no ambiente externo, favorecendo a disseminação da conjuntivite.
Em períodos quentes ocorre também um aumento também na ida às praias e clubes aquáticos. A água de piscinas, principalmente quando morna ou com pouco cloro, é um excelente veículo para propagar conjuntivites virais e bacterianas, subtipos da conjuntivite infecciosa.
Alérgica
Porém, não é apenas o tipo infeccioso dessa doença que pode aumentar no verão. As conjuntivites alérgicas se tornam frequentes nessa época por causa das mudanças de temperatura bruscas, como o uso do ar-condicionado em contraste com o clima quente do ambiente externo. Além disso, a temporada em casas de praia que passaram muito tempo fechadas, a alergia ao cloro da piscina e até mesmo à areia da praia podem inflamar a conjuntiva, devido à hipersensibilidade dos indivíduos.
Tóxica
O uso incorreto do protetor solar também pode provocar a conjuntivite tóxica, afinal os agentes químicos presentes no produto desencadeiam essa inflamação. Esse tipo de conjuntivite é um dos mais perigosos, por isso as pessoas devem recorrer imediatamente ao oftalmologista. Para preveni-la, ao aplicar o protetor solar ou bronzeador, tenha cuidado com a região dos olhos, e após a aplicação lave bem as mãos antes de levá-las ao olho, para remover quaisquer resíduos do produto.
Dicas para se prevenir da conjuntivite
Além dessas dicas compartilhadas, existem algumas medidas preventivas que podem diminuir a transmissão da conjuntivite, mesmo quando os indivíduos estão próximos à pessoa contaminada. Confira!
- Nunca coce os olhos sem antes higienizar as mãos.
- Não compartilhe objetos pessoais, como toalhas e produtos de maquiagem.
- Lave com frequência o rosto e as mãos.
- Troque roupas de cama e toalhas semanalmente.
- Evite nadar em piscinas sem tratamento adequado.
- Não use colírios sem prescrição médica.
- Evite se expor a agentes irritantes, como fumaça e poeira.
- Caso seja alérgico a alguma substância, evite ao máximo ter contato com ela.
- Se há alguém com conjuntivite em sua casa, evite totalmente o contato direto, como beijos e abraços.
- Limpe todos os objetos compartilhados (como, por exemplo, o controle remoto da TV), com álcool em gel antisséptico.
- Não use as mesmas fronhas e lençóis da pessoa, muito menos a toalha.
Quer entender mais sobre os tipos dessa doença, fatores de risco e tratamento? Acesse o nosso conteúdo de blog sobre conjuntivite.